Originally shared by Miguel Afonso CaetanoMais um exemplo do total fracasso das TPMs - sejam analógicas, sejam digitais:
Até ao lançamento do Betamax nos EUA, o mercado de videogravadores era aí praticamente inexistente. Apesar de várias propostas de sistemas – todos eles incompatíveis entre si -, o único a ser realmente lançado fora o Cartrivision. Introduzido em 1972 e promovido como uma máquina destinada à gravação de programas televisivos e reprodução de cassetes que eram adquiridas ou alugadas por correio e escolhidas a partir de um catálogo postal (Johns 2009, p. 449; McDonald 2007, p. 31-32) , o Cartrivision era composto por um televisor de 25 polegadas e uma consola de videogravação.
Para além do preço bastante elevado, o sistema acabou sendo prejudicado por um mecanismo de protecção: “As cassetes para aluguer tinham caixas encarnadas (para distingui-las das cassetes vendidas para a gravação de programas televisivos) e não podiam ser rebobinadas pelo consumidor. Se um consumidor desejava ver o filme de novo, ele ou ela tinha que levar a cassete ao retalhista que tinha uma máquina especial de rebobinagem e pagar uma nova tarifa de aluguer.” (Patry 2009, p. 144).
Tendo em conta as características inerentes a este conceito, não surpreende que a produção deste sistema tenha sido interrompida 13 meses após o seu lançamento no mercado. Seja como for, o exemplo Cartrivision é bem revelador do controlo que as indústrias cinematográfica e televisiva tentariam futuramente exercer sobre a produção e distribuição de cópias dos filmes e programas possibilitada por outras tecnologias mais eficientes.